Teste Abril Azul

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16/04/2025 - 16:35 Por:    Foto:

No universo do Kaleb, um adolescente autista, há uma simpática triceratops laranja. O “dinossauro menina” é o seu ponto de equilíbrio, como observa a professora Adriana, pessoa fundamental na edificação cotidiana de pontes entre o menino e o mundo exterior. O acolhimento da professora é uma postura essencial, que precisa ser lembrada sempre e, de modo especial, neste mês, dedicado à campanha Abril Azul, de conscientização sobre o autismo.

O Abril Azul foi estabelecido em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e se relaciona ao 2 de abril, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, criado pela ONU naquele ano. Em Mato Grosso do Sul, a data resulta de normativa aprovada há quatro anos pela Assembleia Legislativa (ALEMS). De autoria do deputado Antonio Vaz (Republicanos), a Lei 5.721/2021 objetiva informar, conscientizar, envolver e mobilizar a sociedade quanto ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

"A importância do Abril Azul está em proporcionar espaço para o diálogo, para o conhecimento e, principalmente, para a empatia”, afirmou Antonio Vaz. “Muitas vezes, o preconceito vem da falta de informação. Por isso, instituímos essa lei: para que toda a sociedade entenda que o autismo não é uma doença, mas uma condição que exige acolhimento, respeito e apoio”, acrescentou o parlamentar.

O acolhimento, mencionado pelo deputado, é imprescindível, como explica a psicóloga Thierre Mônaco. “É essencial tanto para o desenvolvimento de quem está dentro do Espectro, como para o fortalecimento de uma sociedade respeitosa e igualitária”, disse. “Do ponto de vista do Transtorno, dependendo do caso, há déficits persistentes na interação social. E o desenvolvimento dessas habilidades sociais promove uma melhora significativa no tratamento”, completou Thierre.

Além da relevância especial aos autistas, o acolhimento também é importante e necessário na busca e na efetivação de uma sociedade melhor, conforme analisa a psicóloga. “Olhando pelo viés da nossa construção enquanto sociedade, o acolhimento promove o respeito às diferenças, à diversidade, o que possibilita uma sociedade mais justa, empática e inclusiva”, considerou.



Eles representam menos de um porcento dos 180 mil estudantes matriculados nas escolas públicas estaduais de Mato Grosso do Sul. O grupo é pequeno, mas com crescimento considerável. Conforme dados da Secretaria de Estado de Educação (SES), havia, em 2024, 1.613 estudantes com autismo na rede estadual (o número deste ano ainda não está consolidado). Na comparação com 2023, com 1.164 alunos autistas, a alta é de 38,5%.



Nesse pequeno grupo, está Kaleb de Souza de Deus, um adolescente de 15 anos, que cursa o segundo ano do ensino médio na Escola Estadual José Antônio Pereira, em Campo Grande. Ele tem um irmão gêmeo, o Kauã, também autista, e que estuda na mesma escola, mas em turma diferente.

O acolhimento aos dois e a outras crianças e adolescentes autistas existe, mas não como algo absoluto e dado natural e espontaneamente. Precisa ser construído, dia a dia, sobre os destroços dos muros de isolamento e preconceitos, destruídos, tijolo a tijolo, numa tarefa árdua e necessária. Essas pontes diárias são erguidas, sobretudo, por profissionais da educação inclusiva, como a professora Adriana Zandona Vicente, que acompanha o Kaleb e outros estudantes de sua turma.

Adriana e Kaleb receberam a equipe de reportagem em um ambiente acolhedor, com muito colorido e diversos materiais pedagógicos – é a chamada “Sala de Recursos”. No local, há um mural com acróstico, que tem no centro a palavra “inclusão”, da qual derivam termos que remetem ao acolhimento, como equidade, compreensão, solidariedade e atenção.

Eles representam menos de um porcento dos 180 mil estudantes matriculados nas escolas públicas estaduais de Mato Grosso do Sul. O grupo é pequeno, mas com crescimento considerável. Conforme dados da Secretaria de Estado de Educação (SES), havia, em 2024, 1.613 estudantes com autismo na rede estadual (o número deste ano ainda não está consolidado). Na comparação com 2023, com 1.164 alunos autistas, a alta é de 38,5%.



Nesse pequeno grupo, está Kaleb de Souza de Deus, um adolescente de 15 anos, que cursa o segundo ano do ensino médio na Escola Estadual José Antônio Pereira, em Campo Grande. Ele tem um irmão gêmeo, o Kauã, também autista, e que estuda na mesma escola, mas em turma diferente.

O acolhimento aos dois e a outras crianças e adolescentes autistas existe, mas não como algo absoluto e dado natural e espontaneamente. Precisa ser construído, dia a dia, sobre os destroços dos muros de isolamento e preconceitos, destruídos, tijolo a tijolo, numa tarefa árdua e necessária. Essas pontes diárias são erguidas, sobretudo, por profissionais da educação inclusiva, como a professora Adriana Zandona Vicente, que acompanha o Kaleb e outros estudantes de sua turma.

Adriana e Kaleb receberam a equipe de reportagem em um ambiente acolhedor, com muito colorido e diversos materiais pedagógicos – é a chamada “Sala de Recursos”. No local, há um mural com acróstico, que tem no centro a palavra “inclusão”, da qual derivam termos que remetem ao acolhimento, como equidade, compreensão, solidariedade e atenção.

O acolhimento aos dois e a outras crianças e adolescentes autistas existe, mas não como algo absoluto e dado natural e espontaneamente. Precisa ser construído, dia a dia, sobre os destroços dos muros de isolamento e preconceitos, destruídos, tijolo a tijolo, numa tarefa árdua e necessária. Essas pontes diárias são erguidas, sobretudo, por profissionais da educação inclusiva, como a professora Adriana Zandona Vicente, que acompanha o Kaleb e outros estudantes de sua turma.

Adriana e Kaleb receberam a equipe de reportagem em um ambiente acolhedor, com muito colorido e diversos materiais pedagógicos – é a chamada “Sala de Recursos”. No local, há um mural com acróstico, que tem no centro a palavra “inclusão”, da qual derivam termos que remetem ao acolhimento, como equidade, compreensão, solidariedade e atenção.

“Eu trabalho com o Kaleb desde o ano passado. É uma troca muito boa. A gente está aqui para ensinar e ajudar na inclusão. Mas só que a gente aprende muito com o Kaleb e com as outras crianças”, contou Adriana. “O Kaleb é um menino incrível, muito educado! Ele me ensina a ser uma pessoa mais generosa e a lidar melhor com as situações do dia a dia”, acrescentou a educadora.

Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.